República da Espada (1889-1894)
Primeira fase da República Velha, marcada pelo comando dos militares, especialmente os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.
Caracterizada por forte centralização do poder e repressão a movimentos contrários ao novo regime.
Enfrentou revoltas e instabilidades, como a Revolta da Armada, mostrando a fragilidade do governo civil nascente.
Tentou estabilizar o país após a queda do Império, mas manteve a influência militar na política.
República das Oligarquias (1894-1930)
Período dominado pelas elites agrárias, principalmente dos estados de São Paulo e Minas Gerais, que controlavam a política nacional.
Conhecida pela política do "café com leite", onde o poder alternava entre essas duas oligarquias.
A economia era baseada na agricultura exportadora, principalmente café, que sustentava o poder político dessas elites.
O governo era marcado pela exclusão política da maioria da população, com voto censitário e manipulação eleitoral.
Coronelismo
Sistema político local em que os "coronéis" (grandes proprietários rurais) controlavam o voto e a vida social nas regiões.
Os coronéis usavam seu poder econômico e social para influenciar eleições e garantir a manutenção das oligarquias.
Essa prática reforçava a desigualdade e limitava a participação democrática no país.
Era comum o uso da violência e do clientelismo para manter a ordem e o domínio político.
Política dos Governadores
Estratégia política que consistia na aliança entre o governo federal e os governos estaduais, especialmente das oligarquias rurais.
Garantia apoio mútuo para manter o controle político, evitando conflitos diretos entre as elites regionais.
Essa política fortalecia o coronelismo e a hegemonia das oligarquias no cenário nacional.
Permitira a manutenção do sistema político excludente até a crise de 1930.
Revoltas no Período da República Velha
Diversas revoltas ocorreram como reação às exclusões políticas e sociais, entre elas:
Revolta da Armada (1893-1894): insurreição naval contra o governo de Floriano Peixoto.
Revolução Federalista (1893-1895): conflito entre grupos políticos no sul do país.
Canudos (1896-1897): conflito no sertão da Bahia envolvendo o movimento messiânico de Antônio Conselheiro.
Revolta da Vacina (1904): protesto popular contra a campanha de vacinação obrigatória no Rio de Janeiro.
Contestado (1912-1916): conflito entre posseiros e grandes empresas no sul do Brasil.
Essas revoltas refletem as tensões sociais, econômicas e políticas da época, evidenciando a resistência contra o modelo oligárquico.
Conclusão: Considerações Finais
A República Velha foi marcada pela consolidação do poder das oligarquias rurais, a manutenção do coronelismo e a política dos governadores, que garantiram a exclusão política da maioria da população. As revoltas ocorridas nesse período demonstram os conflitos sociais e a resistência a esse sistema. Compreender essas dinâmicas é fundamental para analisar as raízes das desigualdades políticas e sociais que influenciaram a história do Brasil no século XX.
ATIVIDADE
A Política do Café com Leite foi um mecanismo fundamental durante a República Oligárquica no Brasil, influenciando diretamente a dinâmica política da época. Identifique o principal impacto dessa política na estrutura de poder durante a República Velha.
Escola Tiradentes - Juazeiro do Norte